A ARTE DA PALAVRA - RESUMO - CAPITULO 3
- valdemrviana
- 16 de jun. de 2021
- 4 min de leitura
Por: Valdemir
Gabriel Perissé, aborda no terceiro capítulo do seu livro que, ao escrever um texto o escritor necessita conhecer a si mesmo, para que assim consiga transparecer sua personalidade. Logo no início do capítulo Perissé chama a atenção para os primeiros versos dos autores inspirados, pois eles são tratados como uma marca pessoal de cada um, e que não existe duas pessoais inspiradas igualmente.
“Dizia que os deuses nos dão os primeiros versos, mas que que o restante do poema nós mesmo temos que encontrar.” (p.49)
“não há dois inspirados iguais, o que demonstraria, pelo menos, que algo (ou tudo) ... o escritor tem de fazer além esperar os ventos do céu ou as ondas da psiquê para escrever o primeiro verso. E que dirá então para compor o restante do poema” (p.49)
Nessa citação do poeta Paul Valéry, Perissé enfatiza que que esses deuses são eles mesmo, mas em nível mais profundo, quando escritores escrevem seus livros vão para um mundo submerso em universo paralelo. quando essa realidade vem à tona, inexplicável talvez ou em um modo parcial, como algo inconsciente é como da voz a sua inspiração, das musas, dos anjos, em um mundo inferior. Logo nos primeiros versos dos poemas os escritores se inspiram em suas marcas pessoal de cada escritor, como sua própria impressão digital no texto, temperamento entre outros sentimentos.
Ele continua a dizer que a construção de um estilo pessoal requer um grande investimento necessário da personalidade, se o autor é realmente aquilo que escreve ou demonstrar ser nos seus versos, tem que saber se aquele “eu” quem escrevo, escondido está mais presente do o que eu mesmo.
Com o trabalho de autoconhecimento pode-se realizados tendo como o pano de fundo com a busca da realização espiritual. Como dizia o Kierkegaard:
“falava que a aprofundamento de si mesmo, levado às últimas consequências, redunda no encontro com um eu mais profundoo próprio Deus. É a mesma intuição do Santo Agostinho referindo-se a um eu mais profundo que o próprio eu.” (p.50)
E quando o refletimos o autoconhecimento para nosso próprio eu interior se transferindo o eu exterior, conhecimento e a base para tudo que precisamos fazer ou pensamos a fazer. Quando queremos atingir o nosso plano espiritual temos grandes habilidades religiosas que nos ensinaram a conhecer nós mesmo, o autoconhecimento é útil em outros campos, no campo literário de modo especial. Se eu desejo me tornar um escritor precisa fazer uma viagem para o interior, para conhecer o si mesmo, esse conhecimento não é um conhecimento turísticos de manda cartão postal que tem imagem de praia, montanhas entre outras paisagens, mas sim o cientifico, que seria entrar na nossa própria selva, qual serpente venenosa somos nós, qual seria a nossa área movediça, cachoeira escondida, uma gruta etc. Nos mesmos nós exploramos onde precisam distinguir no meio da escuridão e que não precisamos temer a nada dentro dessa gruta. Dentro dela esconde um texto cheia de emoções, vida, e equívocos e de desejosos e é nela que devo entrar agora.
“Eu sou aquilo tudo que escrevo, tudo aquilo que penso, imagino, faço e leio enquanto não estou escrevendo, um crítico literário dizia que o escrever ter os sentidos vivos uma boa audição, uma boa vista, paladar afinado, um olfato que saiba distinguir diferentes odores, fato.” (p.50,51). O Perissé nessa parte se expressa que o escritor sentir e se entrega de corpo e alma.
Desde cedo o desejo de ser independência, o desejo pela liberdade, originalidade, autoafirmação, muito mesmo antes da adolescência já existem uma rebeldia manifestadas. O amadurecimento vem quando começamos ter consciência dos nossos erros cometidos, limitações, preconceitos, possibilidades reais, chances maravilhosamente de crescer mentalmente e fisicamente, esse amadurecimento e muito importante pois colocamos um pé para fora do próprio casulo, damos liberdades a nós mesmo. “Escrever leva-nos a esse autoconhecimento. Na folha ou na tela vazia vamos desenhando nosso auto retrato com substantivos, adjetivos, pronomes, verbos, artigos, numerais, advérbios, conjugações, preposições... Nesse esforço de criação, nesse escolher as palavras, organizamos o caos interior.” (p.52).
“É fascinante perceber no rascunho o esboço inicial que já reflete a nossa identidade, e constatar, no texto final, no texto honestamente trabalhando, no texto escrito por sangue, a nossa própria fotografia (uma fotografia que, ao mesmo tempo guarda traços comuns a toda a humanidade...) (p.52)”
Quando o autor perceber o quanto o esboço inicial e fascinante por mais simples que seja esboço já reflete a nossa identidade. Quando se trata de escrever e conhecer-nos mesmo, ter consciência ampla de nós, do mundo e de nós mesmo dentro do mundo, podemos descobrir que somos superficiais, mas que escrevemos e superficial.
No decorrer da leitura do terceiro capítulo podemos ver várias citações de diversos autores, poetas etc. O livro A arte da palavra do Gabriel e como um pequeno manual que vai mostrando suas experiencias próprias e sua admiração por outros autores também, quando começa ler um capítulo podemos sentir cada emoção escrita e nesse capítulo foi a mesma sensação de sentir cada emoção colocada em cada linha e cada parágrafo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PERISSÉ, Gabriel. Eu sou aquilo que escrevo. A arte da palavra: como criar um estilo pessoal na comunicação escrita. 1ª edição. São Paulo, SP: Editora Manole, 2003, p.47-72
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